O uso de fontes renováveis de energia nas residências brasileiras atingiu um patamar histórico. De acordo com o Balanço Energético Nacional (BEN) 2025, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o índice de renovabilidade do setor residencial alcançou 71,8% em 2024. O levantamento, divulgado em maio deste ano, reforça o avanço do país rumo a uma matriz mais limpa e sustentável.
Segundo os dados oficiais, o setor residencial respondeu por quase 80% de todo o consumo de energia solar térmica no Brasil. No segmento comercial, essa participação foi de 17,4%, colocando-o como segundo maior consumidor de fontes renováveis. Já na indústria, a energia solar térmica representou 3,1% do consumo energético, evidenciando a substituição gradual de fontes fósseis por alternativas mais sustentáveis.
Avanço da transição energética – O BEN mostra que a transição energética brasileira avança de forma consistente em diferentes setores. Além da expansão da energia solar térmica, cresce a participação de fontes eólica, solar fotovoltaica e biocombustíveis na matriz nacional. O relatório detalha o desempenho de cada segmento — residencial, comercial e industrial —, destacando o papel das políticas públicas e dos investimentos privados para viabilizar essa mudança.
Publicada anualmente, a pesquisa contabiliza a oferta e o consumo de energia no país, incluindo a extração de recursos energéticos primários, a conversão em formas secundárias, importações, exportações, distribuição e uso final. Desde 2004, a EPE é responsável pela elaboração e divulgação do documento, consolidando dados que orientam estratégias do setor energético.
Série especial para popularizar dados
Para ampliar o acesso às informações, o MME lançou a série Energia do Brasil, que apresenta de forma didática os principais números e tendências do BEN. A iniciativa inclui infográficos e análises sobre a descarbonização da matriz, a eletrificação do transporte, a diversificação dos biocombustíveis e a expansão das fontes solar e eólica.
O conteúdo busca aproximar a população dos debates sobre energia, mostrando como cada segmento da economia — e também as residências — tem papel fundamental na redução das emissões e na construção de um modelo energético sustentável.