A tarifa de energia em Santa Catarina aos consumidores atendidos pela Celesc terá um reajuste médio de 2,3% a partir do próximo dia 22 de agosto. O aumento anual do valor foi confirmado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta terça-feira (15), mesmo dia em que o país sofreu um apagão. O maior reajuste será aos consumidores residenciais, que equivalem a 80% dos clientes da Celesc (cerca de 2,6 milhões de unidades consumidoras), de 3,64%. Os clientes comerciais vão pagar 3,57% a mais. Já a indústria e outros consumidores da força produtiva, que integram o Grupo A (alta tensão), poderão contar com uma queda de 0,81% no valor.
A Aneel também aprovou a revisão tarifária da Equatorial Pará Distribuidora de Energia no valor médio de 11,07%, sendo de 9,61% para o consumidor residencial comum. Com isso, o Pará segue sendo o estado com a tarifa de energia elétrica mais cara do Brasil. Em junho a Annel já tinha aprovado o reajuste de 8,97% na tarifa para consumidores residenciais da Companhia Paranaense de Energia (Copel). O reajuste para baixa tensão, que engloba consumidores residenciais e comerciais, é de 10,84%. Os consumidores residenciais representam 81% dos clientes da Copel.
Mercado livre de energia já responde por 40% do consumo do país
O mercado livre de energia é uma opção real a esse aumento desenfreado da energia no Brasil e já é responsável por 40% da comercialização no país. A abertura do setor foi instituída em agosto de 1998, permitindo que consumidores do mercado de alta tensão comprem energia elétrica de qualquer supridor. Atualmente, o modelo atende 34.000 unidades consumidoras, agrupadas em mais de 12.000 empresas que compram mais de 60% da sua energia diretamente com comercializadores. Números da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) mostram que 3 a 4 novas comercializadoras surgem todo mês no Brasil. Atualmente, são 512. Dessas, 82 estão habilitadas a serem varejistas –ou seja, aptas a vender a clientes de menor porte. A partir de 2024, o mercado livre vai abranger tanto clientes de alta como de média tensão. No futuro, todos os consumidores – inclusive os de baixa tensão – devem ter essa opção. Com a abertura do mercado, os consumidores passam a ter liberdade de escolha, o que pode ampliar a competitividade de negócios ao permitir o acesso a outros fornecedores para além da distribuidora.
Ranking dos estados com a energia elétrica mais caras/ distribuidoras/ mercado cativo:
(Vale lembrar que a tarifa elétrica, valor cobrado por quantidade de energia fornecida, é composta por uma série de fatores, como por exemplo, o custo da geração, transmissão e distribuição de energia, impostos e encargos).
- Pará, 0,816
- Rio Grande do Sul, 0,794
- Mato Grosso do Sul, 0,778
- Mato Grosso, 0,764
- Minas Gerais, 0,742
- Goiás, 0,722
- Distrito Federal, 0,712
- Tocantins, 0,680
- Paraná, 0,680
- Santa Catarina, 0,667
- Rio de Janeiro, 0,647
- Bahia, 0,637
- Pernambuco, 0,629
- Sergipe 0,613
- Alagoas 0,607
- Ceará 0,593
- Rio Grande do Norte 0,586
- Paraíba 0,579
- Maranhão 0,573
- Piauí 0,567
- Amazonas 0,562
- Acre 0,556
- Rondônia 0,551
- Roraima 0,546
- Amapá 0,542