A 2W informou ontem (13/5) que aceitou uma proposta não vinculante da Matrix Energia para avaliar, com exclusividade pelos próximos 30 dias, uma proposta de aquisição do controle da companhia. A comercializadora e geradora renovável esclareceu que está avaliando as estruturas possíveis para implementar a venda do controle para a Matrix.
Em 2022, a gestora de investimentos Prisma Capital e a DXT International, que controlava a Matrix desde 2018, chegaram a um acordo para a fusão dos seus negócios em energia elétrica no Brasil e a criação de uma joint venture por meio da holding Matrix, com capitalização inicial de R$ 1 bilhão.
Com isso, a Matrix ganhou fôlego para ampliar sua participação no mercado livre de energia, com foco em renováveis e distribuição digital de energia, incluindo varejo e geração centralizada e distribuída.
Desde então, a companhia tem feito investimentos expressivos em novos negócios, como baterias para armazenamento de energia, e chegou a disputar a aquisição da Emae no leilão de privatização realizado pelo governo de São Paulo em abril.
A Matrix trabalhará em conjunto com 2W e seus acionistas para avaliar as condições para a efetiva implementação da operação objeto da proposta, e manterá todos informados. Além de comercializadora, a Matrix também têm atuado na geração distribuída para comércios e indústrias.
Em termos de aquisição de novos clientes a 2W estava encabeçando a lista das principais empresas varejistas no mercado livre de energia. Nos últimos 12 meses, a 2W chegou a 1.300 clientes em todo o país e realizou a migração de 160 clientes na região Nordeste e 500 na região Sul.
Além do negócio entre a Matrix e 2W, houveram uma série de outras aquisições nas últimas semana no mercado como o grupo Energisa que comprou a Clarke Energia, o Santander comprou a FIT Energia, a Shell comprou a Prime Energia e vem mais nos próximos meses. O mercado está se readequando e mais fusões e aquisições são esperadas até o final do ano.
Confira o quadro em anexo que mostra adição de novos clientes (em MW) em janeiro e fevereiro de 2024. Pode-se observar que a Matrix (2ª lugar) e a 2W (3º) ultrapassariam (somados com 98,5 MW) com facilidade a EDP, atual líder do ranking em 2024, que tem um volume de 85,4 MW comercializado.
Está nascendo a maior comercializadora varejista do país.