O Brasil consumiu 1,4% mais energia elétrica no primeiro semestre de 2023 do que no mesmo período do ano passado e alcançou a marca de 66.760 MW médios, segundo dados preliminares da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O avanço é resultado do bom momento para exportações da indústria mineradora e do crescimento das atividades do comércio e dos serviços, mesmo que as temperaturas mais amenas, sobretudo as registradas em janeiro e abril, tenham levado a uma menor demanda pela utilização de aparelhos de ar-condicionado.
No mercado livre, no qual as grandes indústrias e grupos empresariais podem escolher o seu fornecedor, apresentou alta de 5,2% no comparativo anual. O resultado também foi impulsionado pelo ritmo acelerado de migrações. Somente no primeiro semestre, mais de 3,3 mil novas unidades consumidoras ingressaram no segmento. O ambiente regulado, por sua vez, apresentou uma redução de 0,7%, causada pela presença crescente da micro e minigeração distribuída, por fatores climáticos e pelo próprio volume de agentes que deslocaram-se para o mercado livre.
Consumo por região
Na avaliação regional, as maiores altas ficaram concentradas nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para o Maranhão e o Pará. Em ambos, o aumento reflete o consumo das indústrias metalúrgicas e fatores climáticos, sendo que, no caso maranhense, a alta expressiva é resultado também da retomada contínua da produção de uma importante planta do segmento de alumínios.
Estados com a maior alta no consumo:
- Maranhão (47%)
- Pará (9%)
- Amazonas (6%)
- Rondônia (6%)
- Ceará (5%)
- Acre (5%)
Estados com a maior baixa no consumo:
- Mato Grosso do Sul (-5%)
- Amapá (-3%)
- São Paulo (-1%)
- Paraná (-1%)
- Rio Grande do Norte (-1%)