O governo dos Estados Unidos, sob a administração Joe Biden, anunciou nesta semana novas regras destinadas a manter as baterias chinesas fora dos carros comercializados no país.
Essas medidas, que incluem a redução de subsídios para veículos com componentes de bateria chinesa, podem potencialmente elevar os preços dos veículos elétricos (VEs) nos EUA.
As regras propostas sugerem a redução dos subsídios para veículos que contenham componentes de bateria fabricados na China ou produzidos por empresas com fortes laços com o governo chinês.
A China lidera globalmente a produção de baterias veiculares, dominando quase toda a cadeia de fornecimento de baterias VEs, conforme apontado por um relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE).
A partir de janeiro de 2024, após um período de 30 dias para comentários públicos, veículos que contenham componentes de bateria chinesa deixarão de ser elegíveis para o crédito fiscal total de US$ 7.500 nos EUA. Esta mudança afetará diretamente os consumidores, que tradicionalmente utilizavam esse incentivo para economizar na compra de novos carros elétricos.
As novas diretrizes do Tesouro dos EUA, da Receita Federal e do Departamento de Energia proíbem o uso de peças fabricadas ou montadas por “entidades estrangeiras de interesse” (FEOC), referindo-se a empresas com sede na China, Rússia, Coreia do Norte ou Irã, ou com pelo menos 25% de participação ou vínculos governamentais desses países.
A partir de 2025, veículos limpos elegíveis também não poderão conter minerais críticos provenientes de FEOCs. O Tesouro indicou a exclusão temporária de certos materiais de bateria difíceis de rastrear, permitindo às empresas tempo para se ajustarem a essas mudanças.
As regulamentações propostas, se implementadas, poderiam remodelar as cadeias de abastecimento das montadoras. A Tesla, líder de mercado em veículos elétricos, já alertou sobre possíveis aumentos de preço, afirmando que alguns de seus modelos poderão ficar mais caros em breve.
No último dia 10 de novembro, o governo federal brasileiro decidiu reintroduzir a cobrança de imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in fabricados fora do Brasil. A medida entrará em vigor a partir de janeiro de 2024, conforme determinação do Ministério da Indústria.
Para carros híbridos, a tarifa será restabelecida em 12% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcançará os 35% em julho de 2026.Os carros híbridos plug-in, também movidos a combustíveis fósseis e recarregados na tomada, serão tarifados em 12% em janeiro de 2024; 20% em julho de 2024; 28% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.