O número de consumidores que migraram para o mercado livre de energia elétrica bateu recorde em 2024. De janeiro a maio, quase 9.000 clientes de distribuidoras trocaram os contratos para negociar livremente de quem querem comprar energia. O número é cerca de 21% maior ante as 7.397 mudanças feitas em 2023.
Os dados são da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Nos 5 primeiros meses deste ano, a entidade contabilizou a entrada de cerca de 9.000 novos consumidores no mercado livre, volume 21% maior que o de migrações registradas em 2023. São pequenas e médias empresas, como padarias, supermercados, farmácias e escritórios, que viram no ambiente a possibilidade de ter mais eficiência no seu negócio.
Para o Presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, a expansão tem como principal motivador o interesse das empresas e das famílias por um maior poder de escolha. “No ambiente livre, é possível escolher o seu fornecedor de energia, negociar preços e condições de contratos, e até optar por um fornecimento exclusivo de fontes renováveis. Queremos que essas vantagens se estendam para todos os brasileiros, por isso temos trabalhado junto ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica e estaremos prontos, em breve, para essa abertura total do segmento”.
Os Estados do Sul e do Sudeste lideram o ranking de migrações. Em maio, os destaques foram São Paulo (626), Rio Grande do Sul (218) e Rio de Janeiro (169). Também foram registradas altas expressivas em pedidos no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste.
O CEO da 2W, Claudio Ribeiro, ressalta o momento atual do mercado livre de energia no Brasil: “Acreditamos que é fundamental que as pequenas e médias empresas tenham acesso a tecnologias e soluções sustentáveis, para que possam competir de forma mais eficiente e contribuir para a preservação do meio ambiente. Estamos empenhados em apoiar essas empresas nesse processo de transição para uma economia mais verde, proporcionando-lhes as ferramentas necessárias para se destacarem no mercado de energia renovável. Além disso, estamos comprometidos em oferecer um atendimento personalizado e soluções customizadas para atender às necessidades específicas de cada cliente, garantindo assim o sucesso e a sustentabilidade de seus negócios. Acreditamos que juntos podemos promover uma mudança positiva e transformar o mercado de energia, tornando-o mais sustentável e competitivo”.
Com a expansão, o mercado livre atualmente representa aproximadamente 37% do consumo total de energia elétrica do Brasil. E esse percentual deve aumentar nos próximos meses. Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), cerca de 23.700 consumidores já informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024.
A alta se dá por uma abertura do mercado implementada desde 1º de janeiro de 2024. Até dezembro do ano passado, comprar energia de qualquer fornecedor era uma opção restrita a grandes indústrias que consomem mais de 500 kW. Para este grupo, a possibilidade existe desde 1996.