O consumo de energia elétrica no Brasil teve alta no primeiro semestre e, em boa medida, esse aumento foi alavancado pelo mercado livre de energia, segundo dados preliminares da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) que indicam que o país consumiu 66 mil, 760 megawatts nos seis primeiros meses do ano, o que representa alta de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
A alta foi maior no mercado livre de energia, que consumiu 5,2% a mais do que no período anterior. Dos 15 setores da economia monitorados, onze registraram aumento no consumo. Talita Porto, vice-presidente da CCEE, explica quais áreas potencializaram o bom desempenho. ‘Esse avanço é resultado, basicamente, de dois fundamentos. O primeiro é que estamos passando por um bom momento para a exportação da indústria mineradora, em função de uma perspectiva chinesa de crescimento de importação. A segunda motivação é pelos efeitos positivos que a gente tem por uma inflação mais controlada para o mercado interno, que acabou impactando numa maior movimentação nas atividades de comércio e serviço’.
Os maiores aumentos foram registrados nas regiões Norte e Nordeste, principalmente nos estados do Maranhão e Pará. Apenas oito unidades da federação tiveram estabilidade ou queda no consumo: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Amapá e Distrito Federal.
A expectativa é de que o consumo seja menor no segundo semestre, como acontece tradicionalmente. Mas, a estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é de que o ano termine com aumento de três e meio porcento no consumo de eletricidade em comparação com 2022.
No primeiro semestre do ano, a CCEE registrou aumento de 3,3 mil unidades consumidoras que aderiram ao mercado livre de energia no Brasil.
