Prepare o bolso. A previsão da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace) é de que a conta de luz deverá subir no ano de 2024. De acordo com a projeção, o aumento médio poderá ultrapassar a marca dos 10%, mesmo considerando um contexto de reservatórios cheios.
A expectativa geral é de que a elevação média seja de 6,58% em todo o Brasil, mas o patamar de aumento pode atingir 10,41% a depender de uma série de discussões jurídicas que ainda estão sendo realizadas sobre os créditos que foram indicados para atenuar o alcance dos reajustes.
De um jeito ou de outro, já é possível cravar que a elevação na conta vai ocorrer acima da inflação, que deve fechar em 4,53% segundo as projeções mais recentes.
Mesmo que o aumento médio seja sentido em todas as regiões, o fato é que haverá uma diferenciação a depender da empresa que atende a distribuição da energia elétrica em sua região. Em Minas Gerais, por exemplo, já ficou definido que os créditos já foram integralmente utilizados.
Desta forma, ainda tomando como base as projeções da Abrace, os mineiros deverão ter um aumento médio de 15% na conta de luz no próximo ano, considerando qualquer cenário.
Em São Paulo, a conta deve subir de 9% a 12% a depender da decisão judicial que vai ser tomada no estado. Já no Rio de Janeiro, a expectativa é de que os reajustes da Light em 2024 variem entre 1,34% e 7,61%.
O que é o mercado livre?
No mercado livre, como o próprio nome indica, o consumidor pode escolher de quem vai comprar energia. O preço, quantidade, prazo de fornecimento e até a fonte também são negociáveis e definidos em contrato.
O cliente desse mercado pode comprar diretamente das geradoras (as donas das usinas) ou de comercializadoras, que são uma espécie de revendedores. Para receber essa energia, porém, ele precisa estar conectado a uma rede e paga uma fatura separada pelo serviço da distribuidora, a chamada “tarifa fio”. O cliente que tem porte muito grande e está conectado diretamente à rede básica paga a tarifa fio para a transmissora.
Quem pode comprar no mercado livre?
O mercado livre ainda não é uma opção para pessoas físicas. Para comprar energia fora do ambiente regulado é preciso ter uma demanda contratada (soma da potência de todos os equipamentos elétricos) de ao menos 500 kW.
Para se ter uma ideia de quanta energia isso representa, um transformador de poste que abastece casas de três a quatro ruas tem uma capacidade média de 75 kW.
Há ainda outra limitação: quem tem demanda contratada entre 500 kW e 3.000 kW (ou 3 MW) só pode comprar no mercado livre energia incentivada, proveniente de fontes renováveis. São os chamados “consumidores especiais”. Esses clientes têm desconto de 50% na tarifa fio, paga às distribuidoras pelo transporte da carga elétrica. Já os que têm demanda contratada superior a 3 MW são os “consumidores livres”, grandes indústrias, como siderúrgicas, químicas e produtoras de alimentos. Boa parte delas, inclusive, tem usinas e gera sua própria energia.
Todas as operações precisam ser registradas na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde o comprador também precisa se habilitar. Para isso, é preciso solicitar um cadastro, e fazer a habilitação técnica e operacional.
Que empresas atuam no mercado livre?
A 2W Ecobank é uma plataforma de negócios que oferece serviços de energia, sustentabilidade e financeiros de forma integrada. Para clientes que migraram para o mercado livre de energia com a 2W, será possível acompanhar consumo de energia, telemetria, pagar a fatura de energia pela plataforma, acompanhar economia em relação ao mercado cativo e também adquirir produtos relacionados à sustentabilidade, como totem de carregamento para veículo elétrico, jornada ESG, inventário de carbono, entre outros. Ainda dentro da mesma plataforma será possível ter acesso à conta digital em que transações financeiras estarão habilitadas como Pix, Ted, etc.
De acordo com os dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), a 2W Ecobank foi a varejista que mais cresceu nos últimos 12 meses no país, tanto em volume de energia como também em número de clientes e unidades consumidoras migradas por comercializadoras varejistas. A 2W Ecobank, comercializadora no mercado livre de energia e geradora de energia renovável, atingiu a marca de 1 mil clientes em sua carteira de clientes varejistas no Brasil. Apenas em 2023, a companhia adicionou 603 novos clientes à base, crescendo 152% em comparação com o fechamento de 2022, o que reflete o posicionamento da 2W Ecobank como referência entre pequenas e médias empresas brasileiras que procuram soluções alternativas de energia renovável e sustentável mais barata.