Os investimentos acumulados em energia solar nas residências somam mais de R$ 56 bilhões no Brasil. É o que apontam os dados do mapeamento realizado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O levantamento também mostrou que a energia solar gerada pelos sistemas fotovoltaicos instalados nos telhados das moradias acaba de superar a marca de 11 gigawatts (GW) de potência instalada.
A Absolar avalia que esse crescimento do uso da tecnologia fotovoltaica poderia ser ainda maior, se não fossem os entraves arbitrários impostos pelas distribuidoras de energia elétrica.
A associação revela que existem mais de 3,1 mil pedidos de conexão cancelados e suspensos nos últimos meses, totalizando cerca de um gigawatt em sistemas solares represados pelas concessionárias no País. Segundo ela, o prejuízo causado por essas restrições já ultrapassa os R$ 3 bilhões.
Apesar desses entraves, a Absolar calcula que a tecnologia fotovoltaica já está presente em mais de 1,5 milhões de residências espalhadas por 5.512 municípios, de todas as regiões brasileiras. Além disso, as conexões abastecem atualmente cerca de 2 milhões de unidades consumidoras da classe residencial.
Metade dos 23,5 GW de potência instalada de geração própria de energia solar no Brasil, hoje em dia, está presente nas casas brasileiras.
Para Leandro Martins, presidente da Ecori, distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, a energia solar traz enormes benefícios e é um forte pilar do desenvolvimento social, econômico e ambiental do País.
“Com a urgente e necessária transição energética, que caminhe para uma matriz de baixo carbono, a energia solar torna-se, portanto, prioritária e estratégica no Brasil”, comenta.
Já na visão de Ivan Sarturi, engenheiro da PHB, outra distribuidora de equipamentos fotovoltaicos, a geração própria com a tecnologia fotovoltaica é, atualmente, a forma mais efetiva de democratização de energia aos brasileiros.
“Também, a energia solar fotovoltaica se apresenta como uma alternativa barata e limpa para atender às demandas de suprimento energético com o crescimento econômico e o advento de novas tecnologias, como a mobilidade elétrica e a internet 5G”, conclui.