A saturação da infraestrutura do sistema de transmissão e distribuição, aliada à valorização das terras devido à alta demanda, especialmente no Norte de Minas Gerais, tem provocado uma desaceleração na geração distribuída (GD) de energia solar no estado. Essa modalidade de geração refere-se à produção de energia pelos próprios consumidores, próximos ao local de uso, por meio de painéis instalados em telhados ou pequenos terrenos. No primeiro trimestre de 2025, a adição de capacidade nesta modalidade caiu 8,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com a Aneel, no primeiro trimestre de 2025, os consumidores que aderiram à geração distribuída instalaram 210,13 megawatts (MW) de potência, gerando créditos para aproximadamente 20 mil imóveis. Já no mesmo período de 2024, a potência instalada foi de 229,9 MW, atendendo a cerca de 20,2 mil imóveis.
Analisando apenas o mês de março, em 2024, foram instaladas 4.682 usinas fotovoltaicas, que acrescentaram 86,3 MW ao sistema. Em 2025, durante o mesmo mês, foram 4.274 usinas instaladas, somando 51,8 MW de nova capacidade.
Atualmente, Minas Gerais ocupa o segundo lugar no Brasil em potência instalada de energia solar na modalidade de geração distribuída, com um total de 4,6 GW.