O Brasil registrou grande crescimento de migrações de consumidores ao Mercado Livre de Energia no primeiro semestre, em meio a um cenário de preços baixos e maior oferta, mas a indústria tem reclamado da demora na regulamentação para adesão ao mercado livre a partir do ano que vem. Segundo dados da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), entre janeiro e junho, o ambiente de contratação livre de energia ganhou 3.330 novas unidades consumidoras, um avanço de 52% frente à primeira metade de 2022.
Aproveitando essa oportunidade de aderir ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), diversos empreendimentos e empresas da região Sul aderiram as práticas sustentáveis e a energia renovável e migraram para mercado livre através da 2W Ecobank, uma das maiores comercializadoras de energia limpa do país e com mais de 230 clientes na Região Sul em julho/2023, um crescimento de quase 100% desde o início do ano. Para se ter uma ideia do tamanho do negócio, somente com a entrada das novas empresas neste ano junto a 2W, contando somente com as 15 principais, a economia entre elas com o mercado livre de energia será de aproximadamente R5 milhões em contratos que variam de 3 a 10 anos.
No Rio Grande do Sul muitas empresas já estão aderindo ao mercado livre de energia. Entre elas está a Água Mineral Versant, localizada no bairro Belém Velho, em Porto Alegre. Com quase 15 anos no mercado gaúcho a empresa irá economizar mais de R$500 mil reais e evitar quase 7 toneladas de CO2 na natureza, consumindo energia limpa proveniente de fontes 100% renováveis (eólica e solar).
Seguindo essa mesma pegada de sustentabilidade, a Unimed Erechim, que acaba de ser recertificada como um excelente lugar para trabalhar, pela consultoria global Great Place To Work (GPTW), também aderiu ao mercado livre e vai economizar cerca de R$ 300 mil por um contrato que prevê a redução de 7,4 toneladas de CO2 na natureza.
O mesmo vale para a empresa Águia Inox de Garibaldi, que já contava com ações de sustentabilidade e é indústria líder nacional na produção de tanques e reatores em aço inoxidável. Como o “autoclave”, que é um grande “recipiente” de aço inox elaborado na forma vertical com sistema de agitação naval que possibilita a inoculação de leveduras durante a tomada de espuma e promove o amadurecimento do espumante por longos períodos. Além de facilitar a fabricação de espumantes, a autoclave é essencial para a produção em larga escala da bebida, visto que por meio deste equipamento é possível realizar o processo de elaboração do espumante de forma mais rápida e, consequentemente, econômica. A empresa irá economizar mais de R$410 mil reais com a adesão ao mercado livre através da 2W colaborando com a natureza onde evitará o envio de 4,8 toneladas de CO2.
Mais de 30 mil empresas da Região Sul já poderiam migrar para o mercado livre de energia, sendo 14 mil delas no RS. Os benefícios deste ambiente de contratação incluem potencial economia na tarifa, migração para energia renovável, maior controle e uso mais eficiente do recurso. Indústria em geral, Supermercados, Comércio Varejista e Atacadista e Condomínios, são exemplos de setores para os quais a migração é bastante vantajosa. “O Rio Grande do Sul conta com muitas empresas e é muito industrializada, por isso é uma região chave para avançarmos na popularização da opção pelo mercado livre de energia em todo país. Reforçamos o time da 2W no Sul com novos consultores com experiência comercial e realizamos alinhamento para repassarem com mais rapidez e transparência mais informação as pequenas e médias empresas que terão acesso a um modelo que promove maior economia e sustentabilidade e que até hoje só estava disponível para as grandes organizações. A 2W conta com um time de mais de 3 mil parceiros de negócios, sendo grande parte integrada por empresas de energia solar”, destaca Ciro Neto, Partner e Head de Desenvolvimento de negócios da 2W na região Sul.
No Rio Grande do Sul, a 2W expandiu de forma significativa o número de clientes neste ano chegando a 80 e já é um dos 5 estados com mais clientes no rol da 2W. No estado, a empresa já conta com grandes clientes como o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgotos de São Leopoldo), que projeta economizar nesse novo modelo de consumo é calculado em aproximadamente R$9 milhões, no período de seis anos, e o Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), num contrato que prevê o fornecimento de mais de 140 GWh até dezembro de 2031 para mais de 100 agências.