O apagão ocorrido no dia 15 de agosto afetou todas as regiões do Brasil, com exceção de Roraima. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), cerca de 16 mil megawatts (MW) de carga tiveram a transmissão interrompida para os sistemas locais de energia elétrica. Isso resultou em uma série de consequências para a população brasileira, como o fechamento de estações de metrô em Belo Horizonte e problemas no trânsito devido à desativação dos semáforos. Além disso, a falta de energia também impactou o sinal de internet em todo o país.
Diante dessa situação, o Governo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, agiu rapidamente para restabelecer a energia em todas as regiões afetadas. Em poucas horas, a situação foi normalizada e o fornecimento de energia foi restabelecido. Em uma coletiva de imprensa realizada no dia seguinte ao apagão, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou as causas do evento. Segundo ele, a Companhia Hidroelétrica de São Francisco (Chesf), uma subsidiária da Eletrobras, foi a principal responsável pelas falhas na linha de transmissão que levaram ao apagão generalizado.
O ministro esclareceu que o problema ocorreu na linha de transmissão Quixadá/Fortaleza, localizada no Ceará. A Chesf identificou uma falha no sistema de proteção dessa linha, que resultou no desligamento indevido. Essa interrupção desencadeou uma série de eventos em cascata, afetando todo o Sistema Interligado Nacional. Diante da gravidade do apagão, o ministro solicitou uma investigação da Polícia Federal para apurar as causas e eventuais responsabilidades. Segundo ele, é necessário entender como uma falha pontual poderia ter gerado um evento de tamanha magnitude.
Possíveis Causas do Apagão
O ministro Alexandre Silveira destacou que o apagão não pode ser atribuído a uma única causa específica, mas sim a uma série de erros do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ele ressaltou que foram mais de um evento que contribuíram para o apagão, mas não especificou quantos foram.
Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, explicou de forma mais técnica o que ocorreu. Segundo ele, a linha de transmissão Quixadá/Fortaleza abriu um dispositivo de proteção de forma indevida, gerando uma sequência de desligamentos em cadeia, como em um jogo de dominó.
É importante observar que especulações sobre a concentração de energia eólica e solar na região Nordeste como causa do apagão foram desmentidas pelo ministro. Ele afirmou que o evento não teve qualquer relação com as fontes alternativas de energia, que possuem normas de segurança e procedimentos de operação adequados.
Pronunciamento da Eletrobras
A Eletrobras, empresa responsável pela operação do sistema elétrico, também se pronunciou sobre o apagão. Em nota oficial, a empresa informou que identificou o desligamento indevido da linha de transmissão Quixadá II/Fortaleza II por atuação inadequada do sistema de proteção. A Eletrobras assegurou que está colaborando com as investigações para identificar as causas da perturbação e dos desligamentos ocorridos.
Medidas Preventivas e a Possibilidade de Novos Apagões
Após o apagão, o Ministério de Minas e Energia adotará medidas preventivas para evitar que problemas semelhantes ocorram no futuro. Segundo o ministro Alexandre Silveira, a falha na linha de transmissão que desencadeou o apagão já foi corrigida pela Chesf e Eletrobras. Isso significa que a causa inicial do evento foi solucionada.
Apesar disso, é importante ressaltar que o sistema elétrico é complexo e está sujeito a imprevistos. Por isso, é fundamental que sejam adotadas medidas de monitoramento e manutenção constantes para evitar falhas e interrupções no fornecimento de energia.