Nos últimos dias, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) liberou a operação comercial de novas usinas fotovoltaicas, permitindo que a energia solar superasse a marca histórica de 30 GW de capacidade operacional no Brasil. O avanço representa um aumento de 20% apenas em 2023, saindo de 25,2 GW no início de janeiro para os atuais 30,4 GW.
O crescimento se deve à soma de grandes empreendimentos centralizados e do segmento de micro e mini geração distribuída. Esta última já responde por 21,05 GW instalados, com mais de 1,93 milhão de conexões ativas, beneficiando residências, comércios e pequenas indústrias.
No segmento das grandes usinas, são 9,34 GW de capacidade em operação, distribuídos em cerca de 18,1 mil empreendimentos. E a tendência é de expansão: há outros 107 GW previstos para entrar em operação nos próximos anos, em projetos já contratados ou em construção.
Segundo Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a energia solar é estratégica para o desenvolvimento do país:
“A fonte solar fortalece a sustentabilidade, gera economia para as famílias e eleva a competitividade do setor produtivo. Além disso, pode apoiar programas sociais ao reduzir gastos do governo com energia elétrica, liberando recursos para saúde, educação e segurança.”
Os números reforçam o papel do Brasil como um dos líderes globais no uso de energia limpa e renovável, além de contribuir para a redução de emissões de carbono e para a geração de empregos no setor.
TABELA: Evolução da Energia Solar no Brasil (2023):
Indicador/ Valor em 2023
Capacidade total instalada/ 30,4 GW
Crescimento no ano/ +20%
Micro e mini geração distribuída/ 21,05 GW
Número de conexões distribuídas/ 1,93 milhão
Grandes usinas em operação/ 9,34 GW
Empreendimentos centralizados/ 18,1 mil
Projetos previstos (em construção)/ 107 GW