Uma semana após o apagão que afetou mais de 2 milhões de pessoas em São Paulo, a Enel informou nesta sexta-feira (10), que restabeleceu o fornecimento de energia elétrica para todos os clientes impactados. A interrupção do serviço ocorreu após forte tempestade com rajadas de ventos de mais de 100km/h que atingiram o Estado. A concessionária ainda afirmou que está trabalhando em ocorrências específicas que surgiram nos dias seguintes à tempestade. “Pedimos nossas sinceras desculpas a todos os clientes que demoraram a ter a energia restabelecida em suas casas. A energia é um bem essencial à sociedade e temos consciência dos transtornos que um evento dessa magnitude causa às pessoas. Nos solidarizamos com todos que foram impactados pela falta de luz”, declarou o presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins.
Em nota, o executivo afirma que a força dos ventos danificou de forma severa a rede de distribuição, quebrando centenas de postes, derrubando transformadores e rompendo cabos elétricos. Por conta disso, foi necessário reconstruir 140 quilômetros de rede. “Nos comprometemos a intensificar, cada vez mais, as ações preventivas que possam mitigar os impactos associados a situações de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes ”, complementou o presidente da Enel.
A Enel tinha estabelecido que o fornecimento de energia seria completamente restabelecido na capital paulista até a terça-feira (7). O prazo foi informado pela companhia ao prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), que promete processar a distribuidora pela falta de energia. Na quarta, Nunes acionou a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cobrar punições à Enel. No ofício assinado pelo secretário de governo, Edson Aparecido, a administração municipal cita “negligência” por parte da empresa.
A Prefeitura de São Paulo acionou a Enel na Justiça, na noite desta quinta-feira (9), por causa do apagão ocorrido na capital paulista. Na ação, a administração municipal exige o religamento imediato da energia. Além disso, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) exige aplicação de multa e a remoção, em 24 horas, das árvores que caíram e estão dando interferência na fiação elétrica em diversos pontos da cidade. Por fim, a Prefeitura ainda solicita que a concessionária apresente um plano de contingência em cinco dias.