Mesmo diante da crise de renováveis que afetou especialmente o região Nordeste, o Brasil encerrou 2024 com um crescimento de 10,8% na capacidade instalada de geração eólica em relação ao ano anterior. Ao final de dezembro, o país contava com 1.103 parques eólicos e 11.720 aerogeradores em operação, totalizando mais de 33 gigawatts (GW) de capacidade instalada.
Esses dados fazem parte do Boletim Anual 2024 da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), divulgado nesta semana. A geração eólica ocupa a segunda posição entre as fontes de energia do Brasil, representando 16,1% de toda a capacidade instalada no país.
No decorrer de 2024, o setor recebeu um investimento aproximado de R$ 10,1 bilhões para a implantação de 76 novos parques, com uma potência instalada de 3.254,3 megawatts (MW). A Bahia foi destaque, com 1.953,9 MW de capacidade instalada e a instalação de 48 parques eólicos, o maior número entre os estados.
Além da Bahia, os demais estados que receberam parques eólicos foram Piauí (8), Rio Grande do Norte (9), Rio Grande do Sul (3), Paraíba (3), Ceará (3) e Pernambuco (2). No Rio Grande do Sul, cerca de 10% da capacidade instalada foi adicionada durante 2024, enquanto a maior parte permaneceu concentrada na região Nordeste.