A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que, em setembro, a bandeira tarifária será vermelha patamar 2, resultando em um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Essa decisão marca o primeiro acionamento dessa bandeira desde agosto de 2021, motivada pela previsão de chuvas abaixo da média e a expectativa de baixa afluência nos reservatórios das hidrelétricas.
Nos últimos dois anos, o país esteve sob a bandeira verde, favorecida pelo bom volume de chuvas e geração de energia renovável. No entanto, a interrupção dessa série ocorreu em julho devido às previsões de precipitação abaixo da média até o final do ano. Embora a bandeira verde tenha sido retomada brevemente em agosto, o cenário de escassez de chuvas e temperaturas acima da média histórica levaram à adoção da bandeira vermelha patamar 2.
Segundo a Aneel, a piora nas condições de geração de energia foi observada já em junho, com a redução na disponibilidade de hidrelétricas para atender à demanda nos horários de pico. Com o cenário atual, as termelétricas, que produzem energia a um custo mais elevado, passaram a operar com mais frequência, aumentando o preço da energia.
A decisão de acionar a Bandeira Vermelha 2 em setembro é uma resposta direta às condições críticas enfrentadas pelo setor energético brasileiro. As principais causas que levaram a esse cenário foram:
Seca Prolongada: O Brasil tem enfrentado um período prolongado de seca, o que afetou severamente os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, responsáveis por grande parte da geração de eletricidade no país.
Baixos Níveis de Chuva: As chuvas abaixo da média em importantes regiões produtoras de energia hidrelétrica, como o Sudeste e o Centro-Oeste, agravaram a situação.
Demanda Crescente: Com a retomada gradual das atividades econômicas após a pandemia de COVID-19, a demanda por energia elétrica aumentou, exercendo pressão adicional sobre o sistema.
Custos Elevados de Geração Térmica: Para compensar a escassez de energia hidrelétrica, foi necessário aumentar a geração de eletricidade a partir de usinas térmicas, que utilizam combustíveis fósseis mais caros.