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América Latina acelera a energia solar e enfrenta novos desafios climáticos e regulatórios

Projetos bem concebidos evitam emissões de CO₂, reduzem dependência de combustíveis fósseis e contribuem para metas climáticas nacionais.

Redação por Redação
4 de novembro de 2025
em Artigos, Destaque Duplo, Destaque Principal, Energia Solar, Mercado, Sustentabilidade
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América Latina acelera a energia solar e enfrenta novos desafios climáticos e regulatórios
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O sol já deixou de ser promessa para virar realidade energética na América Latina — e, em países como Brasil, Chile e Colômbia, essa transformação ganha escala. Entre grandes usinas, parques distribuídos e investimento privado, a região vive uma aceleração notável da energia fotovoltaica. Ao mesmo tempo, equipamentos, estruturas e políticas precisam se adaptar a realidades climáticas extremas e a gargalos regulatórios para que o potencial seja plenamente aproveitado e traduza-se em benefício climático e socioeconômico.

No Brasil, a expansão é marcada tanto por grandes projetos quanto por um boom na geração distribuída (telhados e pequenos parques próximos ao consumo). O país vem consolidando sua matriz renovável — com forte presença de hidrelétricas e crescimento firme de solar e bioenergia — e dados institucionais apontam avanços na penetração das renováveis no mix energético nacional. Esse dinamismo, entretanto, convive com desafios: necessidade de reforço de redes, custo de conexão em áreas remotas e regras que ainda geram incertezas para investidores.

No Chile, a combinação de um recurso solar excepcional em regiões como Antofagasta e o desenvolvimento de projetos utility-scale e com armazenamento colocaram o país como referência na região. Em 2024 o Chile adicionou gigawatts de capacidade fotovoltaica e segue atraindo investimentos para projetos de grande porte, inclusive acoplados a baterias, o que melhora a integração com a rede e a previsibilidade da oferta.

A Colômbia, que até pouco tempo era vista como tardia na agenda solar, vem acelerando. Em 2024 observou-se forte crescimento de capacidade instalada e empresas locais anunciaram aportes relevantes para ampliar parques solares — movimentos que colocam o país como um ator em ascensão na região. Além disso, utilities colombianas já planejam investimentos expressivos em projetos solares para a próxima temporada.

Clima e geografia: do deserto à neve, a engenharia responde

O mapa climático da América Latina é um fator central na construção e operação de usinas solares. Enquanto o Deserto do Atacama (Chile) oferece raios solares entre os mais intensos do planeta — ideal para alta geração — outras áreas enfrentam extremos opostos: altitude forte, variações térmicas intensas, neve em regiões andinas, umidade e chuvas persistentes na Amazônia e solo instável em áreas tropicais. Essas condições tornam a logística e a engenharia mais complexas: fundações reforçadas, estruturas com maior tolerância a cargas de vento e neve, painéis e caixas de junção com proteção contra umidade, além de trackers e inversores desenvolvidos para operar em faixas de temperatura e condições extremas.  Fabricantes e integradores têm adaptado designs e certificações para tornar equipamentos mais resilientes e reduzir custos operacionais em ambientes adversos. (Observação: há ganhos claros quando se combina tecnologia de ponta com projeto adequado ao microclima local).

Principais entraves que ainda travam projetos

  1. Burocracia e licenciamento: trâmites longos e estudos ambientais e de impacto territorial atrasam obras — especialmente para grandes parques e em regiões sensíveis.
  2. Integração à rede e capacidade de transmissão: muitas regiões com excelente recurso solar carecem de linhas de transmissão ou subestações com capacidade para levar energia aos centros de consumo.
  3. Financiamento e risco regulatório: mudanças de regras, eventuais tarifas de conexão e incertezas em leilões impactam o custo de capital e a atratividade.
  4. Custos logísticos e operacionais em áreas remotas: transporte, montagem e manutenção em altitude, frio extremo ou áreas de difícil acesso elevam o Custo Nivelado de Energia (LCOE) efetivo do projeto. Esses pontos são observados por investidores e agências que acompanham o setor.

Como os governos podem destravar o setor — medidas concretas

Acelerar e simplificar licenças ambientais e de ocupação, com prazos máximos e procedimentos digitais que preservem acesso à justiça ambiental sem paralisar investimentos.

  • Planejar e investir em reforço da transmissão e interconexão regional, priorizando corredores elétricos onde há maior concentração de projetos solares.
  • Modelos de apoio financeiro (garantias, linhas de crédito verdes, mecanismos de seguro de receita) para reduzir o custo de capital, especialmente para projetos que incluam armazenamento ou soluções híbridas com outros geradores renováveis).
  • Políticas de estímulo à inovação e à indústria local: incentivos para fabricação nacional de estruturas, trackers e componentes, estimulando conteúdo local e cadeia produtiva.
  • Mecanismos regulatórios estáveis e previsíveis, com regras claras para leilões, contratos de longo prazo (PPA) e tratamento da geração distribuída, para dar confiança a investidores. Essas ações não só aceleram projetos, mas ampliam empregos e desenvolvimento regional.

Mais do que economia: energia solar e sustentabilidade

Os benefícios do solar vão além da redução imediata na conta de energia. Projetos bem concebidos evitam emissões de CO₂, reduzem dependência de combustíveis fósseis e contribuem para metas climáticas nacionais.

Investimentos em energia renovável projetam um modelo de desenvolvimento com menor impacto atmosférico e melhor qualidade de vida para populações locais — sobretudo quando acompanhados por programas de inclusão social, capacitação e investimento em infraestrutura local. Mesmo quando o retorno econômico direto demora, o retorno ambiental e social tem valor permanente: ar mais limpo, menor risco de mudanças climáticas severas e ativos energéticos que duram décadas.

O futuro próximo: integração e armazenamento de forma eficiente serão chave

À medida que a capacidade solar aumenta, era das soluções pontuais dá lugar a arquiteturas integradas, inteligentes e mais eficientes: usinas com baterias, híbridos solar-eólico, gestão inteligente de demanda e digitalização maximizam a geração de forma eficiente, fazendo mais com menos de forma assertiva para previsão e operação. A tendência global mostra desaceleração relativa em algumas projeções, mas a região latino-americana conserva fatores favoráveis — recurso solar, espaço, e interesse de capital doméstico e internacional — que podem sustentar crescimento robusto se acompanhados de políticas coerentes.

Brasil, Chile e Colômbia exemplificam diferentes ritmos e trajetórias, mas partilham um cenário promissor: recurso abundante, empresas e projetos em expansão, e uma demanda por soluções que casem tecnologia com realidade climática e social. Para que a energia solar deixe de ser apenas uma opção e se torne a espinha dorsal de um futuro com menos CO₂ e mais equidade, é preciso política pública clara, investimentos em rede e armazenamento, e inovação contínua nas estruturas e equipamentos que enfrentam desde a neve andina até o calor dos desertos. Assim, a região poderá transformar sua maior riqueza natural — o sol — em desenvolvimento durável para milhões.

*Artigo escrito por Diego Silva (foto), diretor Latam da Enertrack Tech – 04/11/2025

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