- Plano para a usina no município de Bebedouro, na região do Vale do Rio Grande, prevê potência instalada de 3 MWac
Diante da dificuldade de megainvestidores dispostos a aportar milhões em novos projetos, as empresas do setor elétrico agora estão atrás de microinvestidores para financiar os projetos no Brasil. É o caso da Usinas Brasil Solar (BRS), que deu o primeiro passo para o seu primeiro projeto de usina de geração de energia solar fotovoltaica no Estado de São Paulo e deve contar com o apoio de pequenos investidores.
Com projeção de investimentos de R$ 18 milhões e potência instalada de 3 MWac, a planta fica no município de Bebedouro, localizado na região do Vale do Rio Grande, na área de concessão da CPFL Paulista, e terá início em maio deste ano.
A BRS busca investidores que estejam dispostos a entrar nesse mercado como parceiros de negócios e nos demais projetos que a empresa conta em seu pipeline. Ao Valor, o diretor da BRS, Rafael D’Angelo, explica que o tempo de retorno médio do investimento em uma fazenda solar gira entre 4 e 6 anos, dependendo do projeto e da região onde se localiza.
O executivo não revela a porcentagem dos dividendos em relação ao valor investido. Segundo ele, as usinas possuem a rentabilidade projetada de dois dígitos acima da inflação.
Um dos investidores é Eduardo Cruz, que trabalha com corretagem de imóveis. Segundo ele, o objetivo é buscar algo fora do setor imobiliário e financeiro e ter uma renda mensal, estável e sem grandes surpresas, e principalmente conseguir diversificar os investimentos. Mesmo em um contexto de maior taxa de juros, capex elevado e risco, ele destaca que o empenho de capital segue um cronograma pré-determinado e permite um investimento programado sem a necessidade de aportar tudo de uma única vez.