O estado de Minas Gerais celebra mais um marco histórico em sua trajetória rumo à transição energética sustentável. O estado atingiu 10 GW de potência fiscalizada em energia solar fotovoltaica. Com o resultado, Minas mantém a liderança no ranking nacional em geração centralizada, representando cerca de 36,4% da produção brasileira, e marca uma posição de protagonismo global na transição energética.
O resultado advém de ações da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG), para incentivar o setor, com projetos como o Sol de Minas, que estabelece incentivos fiscais e políticas públicas para impulsionar a atração de investimentos e o empreendedorismo no setor, trazendo benefícios socioeconômicos para a população mineira.
Desde o programa, criado em 2019, foram acrescentados 9,42 GW de potência fotovoltaica, ou seja, um crescimento de 1.600%. Além disso, os investimentos privados em energia solar saltaram de R$ 6,9 bilhões e 371 empregos, para R$ 76,5 bilhões e quase 7 mil empregos no mesmo intervalo.
“Acabamos de atingir a marca de 10 Gigawatts de potência fiscalizada de energia solar fotovoltaica. Isso mostra que Minas está no caminho certo para avançar e reafirmamos nosso compromisso com a produção nacional de energia limpa. Desde o início da minha gestão, temos trabalhado para incentivar e atrair novos investimentos para esse setor. Reunimos, aqui em Minas, a maior concentração de usinas fotovoltaicas do país”, salienta o governador Romeu Zema.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, destaca que, com o marco de 10 GW em energia solar, o estado supera a capacidade instalada de energia fotovoltaica de países como Portugal e Egito, que possuem respectivamente cerca de 8 GW e 5 GW.
“Na prática, Minas Gerais é um ‘país’ de destaque no cenário global de energia limpa, a partir de políticas públicas que têm no setor privado um importante aliado na transição energética. E o benefício para a população é evidente: de 2019 pra cá, temos dez vezes mais investimentos privados e vinte vezes mais empregos, nesse que já é o terceiro setor que mais atrai recursos para Minas”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico.
Considerando o consumo médio das residências brasileiras, uma potência instalada de 10 GW é suficiente para atender mais de 7 milhões de casas. Esse impacto direto na vida da população evidencia a importância das empresas que atuam no setor e contribuem para o aumento de geração dessa energia limpa.
Referência nacional
Dos 10 GW, 5,79 GW são de geração centralizada, em que Minas lidera o ranking nacional, representando 36,4% da produção brasileira. Essa geração também corresponde a 26,02% da matriz elétrica do estado.
A geração centralizada também consolida Minas como principal estado em potência outorgada no Brasil, ultrapassando a soma dos estados que ocupam o segundo e o terceiro lugares nesse ranking – Bahia (2,4 GW) e Piauí (2,1 GW). Com relação à geração distribuída, o estado ocupa o segundo lugar (4,21 GW), estando atrás somente de São Paulo (4,70 GW).
Já a soma da geração de energia centralizada e distribuída consolida Minas como protagonista em energia solar, e corresponde a 89,28% da potência da maior usina hidrelétrica do Brasil, Belo Monte (11,2 GW), superando, inclusive, a capacidade da segunda maior, Tucuruí (8,5 GW).
Minas também acumula uma potência equivalente a mais de oito vezes a da Hidrelétrica de Furnas, localizada em São José da Barra, no Sul de Minas, que possui uma capacidade instalada de 1,2 GW.
O complexo solar Hélio Valgas, situado no município de Várzea da Palma, tem potência instalada de 662 MWp, o suficiente para abastecer uma cidade de 800 mil residências ou cerca de 3 milhões de pessoas. A usina iniciou a operação no município em julho de 2023 e já tem alcançado resultados positivos no setor.