No mês de junho de 2024, o Brasil alcançou dois novos marcos significativos na geração de energia solar, conforme relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No subsistema Nordeste, foram registrados picos de 9.598 MW e 9.760 MW nos dias 28 e 29 de junho, respectivamente, representando 84,5% da demanda energética da região naqueles momentos. Esses registros superaram o recorde anterior estabelecido em maio, evidenciando o crescimento expressivo da capacidade solar no país.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, enfatizou a importância desses avanços: “O sol, que já foi desafiador para nosso povo, hoje representa uma era de mudanças e oportunidades para o Brasil. Estamos fortalecendo nossas matrizes energéticas com fontes renováveis, enquanto construímos transições energéticas justas e inclusivas, gerando empregos e renda para nossa população.”
Em 2024, o ONS registrou um total de oito recordes de geração solar, sendo seis deles no Nordeste e dois no Sistema Interligado Nacional (SIN), ocorridos em janeiro e março. No mesmo ano, a capacidade total de geração de energia elétrica no Brasil aumentou em 7.946 MW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com as usinas solares fotovoltaicas contribuindo com 73,5% desse acréscimo, incluindo expansões na modalidade de geração distribuída (GD).
Atualmente, a potência instalada total do Brasil é de 233.044 MW, com 86,4% provenientes de fontes renováveis. A região Nordeste se destacou com a entrada em operação de 71% dos 157 novos empreendimentos de geração de energia elétrica centralizados neste ano. Em relação à Geração Distribuída, foram adicionadas 290.140 unidades geradoras, predominantemente baseadas em energia solar fotovoltaica.
De acordo com a Aneel, o Brasil conta atualmente com 21.224 usinas fotovoltaicas instaladas e 2.641.323 unidades de geração solar na modalidade de GD, totalizando uma capacidade instalada de geração de energia elétrica de 43,6 GW, o que representa aproximadamente 18,7% do total nacional. Esse crescimento posiciona a energia solar como a segunda maior fonte de energia do país em termos de potência instalada.
