O aumento do consumo de energia elétrica no Brasil, impulsionado pela recente onda de calor e a chegada do verão, destaca a importância das fontes renováveis no país. A região Nordeste, ao longo da última década, emergiu como líder na geração de energia por fontes limpas. Em julho de 2023, as eólicas alcançaram um recorde, produzindo 26,1% de toda a energia consumida no país, conforme dados da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica).
O investimento no setor de energias renováveis torna-se vital para o desenvolvimento econômico e social da região Nordeste. Na Bahia, por exemplo, o Sicredi concedeu R$ 2,48 milhões em crédito ao longo de 2023 para projetos envolvendo energias renováveis. A região já responde por 83% da energia solar e eólica produzida no Brasil, com destaque para o Complexo Eólico Campo Largo, que possui uma capacidade instalada de 214,2 MW.
Embora a região tenha um potencial energético considerável, há espaço para um crescimento ainda maior. Atualmente, a capacidade instalada é de 28,3 gigawatts (GW) de 687,9 MW, indicando um vasto potencial inexplorado. Esse cenário atrai investidores e empresas, como o recente aporte de R$300 milhões para a construção de 15 novas usinas fotovoltaicas, previstas para serem entregues até o final de 2024.
A expectativa é que o setor de energia eólica sozinho gere 1,1 milhão de empregos no Brasil até 2038, conforme apontado em um estudo apresentado no Fórum de Energias Renováveis em Natal, no Rio Grande do Norte. O Sicredi, consciente da demanda crescente e da importância de apoiar projetos sustentáveis, tem fortalecido suas iniciativas no financiamento de projetos baseados em fontes renováveis, atingindo a marca de R$ 26,5 milhões em toda a região Nordeste em 2023.
