Apesar de a energia eólica ser mais associada ao vento, a produção desse tipo de energia limpa também ficará atrelada também aos mares. É que as usinas eólicas fora de terra firme – as offshore – têm o potebcial de fazer o Brasil experimentar um aumento de 3,6 vezes na capacidade de produção de energia elétrica, conforme aponta o estudo Oportunidades e Desafios para Geração Eólica Offshore no Brasil e a Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O estudo foi lançado na última terça-feira (12/9), em Brasília, durante o evento Diálogo Pré-COP 28: O Papel da Indústria na Agenda de Clima, que buscou debater os assuntos da Conferência da Organização Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climática (COP), que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 12 de dezembro deste ano.
Esse número é 3,6 vezes maior que a capacidade total de energia elétrica já instalada no Sistema Interligado Nacional, que abarca 194 gw.
Atualmente, o Brasil conta com mais de 26 gigawatts (gw) de capacidade energética instalada só na parte eólica, graças aos mais de 900 parques eólicos distribuídos em 12 estados. Esse número representa mais de R$ 200 bilhões investidos, durante mais de uma década, segundo informações do Ministério de Minas e Energia (MME).
Questionado, o MME destacou que os números da indústria eólica impressionam principalmente pelo que representam na redução das desigualdades regionais, já que os parques eólicos trazem renda para milhares de famílias, em especial na Região Nordeste e no norte de Minas Gerais.